EUA e Cuba decidem retomar voos comerciais regulares
17 de dezembro de 2015Estados Unidos e Cuba fecharam um acordo para retomar os voos comerciais regulares entre os dois países, afirmou nesta quinta-feira (17/12) o Departamento de Estado americano. O anúncio é feito no dia em que se celebra um ano da decisão de iniciar a normalização das relações diplomáticas bilaterais.
Até agora, os viajantes americanos pagam por bilhetes em caros voos charter para visitar a ilha. Com o acordo, os passageiros poderão comprar tíquetes diretamente das principais empresas aéreas – movimento que deverá incrementar o turismo de negócios e lazer em Cuba.
De acordo com o comunicado do Departamento de Estado americano, o país vai continuar permitindo que operações de voos charter e estabelecer o serviço aéreo regular, que vai facilitar um aumento de viagens autorizadas, dar mais opções aos viajantes e promover as ligações interpessoais entre os dois países.
Companhias como JetBlue, American Airlines, Delta e United já haviam manifestado o interesse de abrir rotas depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, relaxar as restrições de viagens a Cuba no início deste ano. Com a flexibilização, visitas de cidadãos americanos a Cuba aumentaram 71% neste ano.
A ministra das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, afirmou nesta quinta que Obama é bem-vindo para visitar a ilha caribenha, mas não para interferir em assuntos internos.
"Gostaria de lembrar que Cuba sempre disse que não vai negociar questões inerentes ao seu sistema interno, em troca de melhorias ou normalização das relações com os Estados Unidos", disse Vidal.
Em entrevista ao site Yahoo News, Obama disse que espera visitar Cuba em 2016, mas somente se houver progresso suficiente nas relações bilaterais, se ele puder se encontrar com dissidentes políticos e "empurrar o governo cubano em uma nova direção".
Há um ano, Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, anunciaram que os dois países, adversários políticos históricos, normalizariam as relações bilaterais. Em julho, eles aceitaram restaurar laços diplomáticos após uma ruptura de 54 anos.
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