Ex-vice da Fifa é banido do futebol
29 de setembro de 2015O comitê de ética da Fifa decidiu nesta terça-feira (29/09) banir por má conduta o ex-vice-presidente da entidade Jack Warner de todas as atividades relacionadas ao futebol, pelo resto de sua vida.
Warner, de 72 anos, é um dos principais acusados em uma investigação das autoridades americanas que abalou a entidade máxima do futebol mundial.
"Ele cometeu muitos e diversos atos de má conduta, contínua e repetidamente, enquanto exercia cargos em diferentes escalões e posições influentes na Fifa e na Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe)", diz a declaração do comitê.
Warner é o segundo membro de alto escalão da Fifa a ser banido, após o americano Chuck Blazer, um ex-executivo da entidade que agora colabora com as investigações das autoridades americanas. Ambos eram membros do comitê executivo do órgão.
O banimento imposto a Warner implica em seu afastamento de quaisquer atividades relacionadas ao futebol, sejam internacionais ou em seu país, Trinidad e Tobago.
"Ele era peça-chave de esquemas que envolviam a oferta, aceitação e recepção de pagamentos não declarados e ilegais, assim como outros esquemas de arrecadação de dinheiro", afirma o comitê da entidade.
As autoridades americanas, que acusam 14 membros da Fifa e executivos de marketing esportivo de solicitar e receber mais de 150 milhões de dólares em subornos e extorsões em um período de duas décadas, pediram em julho a extradição de Warner. Ele é alvo de 12 acusações de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro.
O comitê de ética informou que Warner estaria sendo investigado em um inquérito sobre o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, vencidos, respectivamente, pela Rússia e pelo Catar.
Ele também é acusado de comprar do presidente da Fifa, Joseph Blatter, os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2010 e 2014 por valores demasiadamente baixos, o que lhe gerou lucros significativos ao revendê-los posteriormente.
Blatter também é alvo de investigações de promotores suíços por suspeitas de irregularidades administrativas, em um processo que envolve também .
RC/afp/rtr