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Forte terremoto sacode a costa sul do México

8 de setembro de 2017

Mais de 260 réplicas seguem tremor de magnitude entre 8,1 e 8,2, com epicentro na costa mexicana, no Oceano Pacífico. Sismo é sentido com força na Cidade do México. Ao menos 58 pessoas morrem.

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População nas ruas da Cidade do México após tremor
População correu às ruas da Cidade do México após tremorFoto: Getty Images/AFP/A. Estrella

Um terremoto de magnitude entre 8,1 e 8,2 foi registrado na costa sul do México às 23h49 (hora local, 04h49 GMT) desta quinta-feira (07/09). Os residentes foram ordenados a evacuar suas casas após um alerta de tsunami ser emitido para a região mexicana e países vizinhos. Segundo autoridades, ao menos 58 pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, alertou nesta sexta-feira para a possível ocorrência de um segundo tremor de grande escala 24 horas após o abalo. Ao todo 159 municípios decretaram situação de emergência. Estima-se que 50 milhões de pessoas sentiram o sismo.

Leia mais: "Prédio balançava como um navio", diz brasileira sobre terremoto no México

México é atingido por forte terremoto

Logo após o tremor, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico (PTWC) chegou a emitir um alerta de ondas gigantes para México, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador. Várias ilhas do Pacífico e também países da Ásia e Oceania, como Indonésia, Japão, China, Austrália e Nova Zelândia também poderiam ser afetados com ondas menores.

O alerta foi suspenso posteriormente por órgãos de defesa civil da Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, El Salvador, Panamá, Honduras e Equador. As autoridades guatemaltecas informaram que não foram observadas alterações nas ondas locais.

O epicentro do tremor ocorreu na costa mexicana, no Oceano Pacífico, 87 quilômetros a sudoeste da cidade de Pijijiapan, no estado de Chiapas, e a uma profundidade de 33 quilômetros. O sismo também foi sentido com força na Cidade do México, onde as pessoas correram às ruas quando os edifícios começaram a sacudir.

Mais de 260 réplicas do tremor principal foram sentidas logo após o primeiro sismo. A maior forte delas foi de magnitude 6,1.

O governador do estado mexicano de Oaxaca, Alejandro Murat, disse, em declarações à rede Televisa, que o número de vítimas mortais na sua região é de 45. Dez mortes ocorreram em Chiapas. No estado de Tabasco, três pessoas morreram.

Na Guatemala, o terremoto foi sentido com uma magnitude de 7,3 graus na escala Richter, informou o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh). Ao menos sete réplicas do abalo foram registradas no país.  

Este está sendo considerado o pior tremor no México em mais de 100 anos, tendo sido mais forte que o terremoto de 19 de setembro de 1985, que deixou milhares de mortos na capital mexicana.

Possível segundo abalo

"Foi um tremor de grande escala", afirmou o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ao confirmar o número de mortos e anunciar que o estado de Chiapas está em estado de emergência. Ele divulgou também uma correção para baixo da magnitude do tremor, de 8,2 (anunciada anteriormente como de 8,4), enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o tremor teve magnitude de 8,1.

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Peña Nieto advertiu a população nesta sexta-feira ser provável que nas próximas 24 horas aconteça uma forte réplica do primeiro terremoto, ainda que de "um grau menor". Em declarações à emissora "Televisa", ele disse que "será necessário ser mais do que atento", já que a réplica pode superar a magnitude de 7, após lembrar que em 1985 ocorreu uma réplica muito potente de 7,5 graus, no dia seguinte ao primeiro terremoto de magnitude 8,1, no dia 19 de setembro.

Ele disse que até agora o alerta de tsunami no estado de Chiapas "não representa um risco maior" e considerou que 50 milhões de pessoas devem ter sentido o tremor em várias partes do país. As aulas foram suspensas em escolas de 11 estados mexicanos nesta sexta-feira.

O presidente apontou que esse foi um terremoto maior que o de 8,1 na escala Richter de setembro de 1985, mas enfatizou que a cultura de proteção civil avançou desde então. Ele ressaltou que o último terremoto de magnitude similar ao da noite de ontem aconteceu em 1932.

FF/MD/CN/efe/dpa/afp