França e Alemanha planejam cooperar na pesquisa antiterror
7 de fevereiro de 2016Em reação aos atentados terroristas na capital da França e às repetidas ameaças na Alemanha, os governos de ambos os países pretendem desenvolver programas conjuntos para pesquisa do combate ao terrorismo, visando proteger melhor locais públicos como centros comerciais e escolas.
"Vemos uma nova dimensão de violência direcionada nas cidades, indo até a ataques terroristas", comentou a ministra alemã da Pesquisa, Johanna Wanka, ao jornal dominical Bild am Sonntag. Ela apontou a necessidade de recursos e medidas para tornar mais seguros os centros urbanos, permitindo a polícia e bombeiros protegerem melhor a população.
Em 1º de fevereiro, a França e a Bélgica já haviam anunciado planos para aprofundar e ampliar a cooperação binacional antiterror. "A ameaça atinge níveis sem precedente", declarou na ocasião o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. "Estamos juntos, ombro a ombro, para combatê-la e proteger nossos cidadãos."
Potências europeias na mira do terrorismo islamista
Neste sábado (06/02), o presidente francês, François Hollande, assistiu a um jogo de rugby no Estade de France, lembrando que "a vida precisa continuar". Este foi o primeiro evento esportivo no local desde os ataques islamistas de 13 de novembro de 2015. Nesse dia, criminosos fundamentalistas mataram 130 pessoas e feriram mais de 350 em Paris, a bombas ou a tiros. A milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou os atos.
Desde então tem havido, também na Alemanha, diversos avisos sobre planos de atentados. Apenas poucos dias após a tragédia na França, um jogo amistoso entre as seleções da Alemanha e da Holanda em Hannover teve que ser cancelado no último minuto. No Ano Novo duas estações ferroviárias de Munique foram interditadas devido a ameaças de atentados.
No início de fevereiro, a polícia alemã divulgou que quatro argelinos planejavam perpetrar atos terroristas em Berlim. Segundo as autoridades, os planos estavam em fase inicial e não havia "risco concreto e iminente". Estão sendo investigadas possíveis conexões com os ataques de Paris.
AV/afp/dpa