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Hollande anuncia plano para recuperar economia francesa em dois anos

10 de setembro de 2012

Em baixa nas pesquisas de popularidade, presidente francês quer priorizar criação de empregos, tornar o país mais competitivo e equilibrar contas públicas.

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Foto: Reuters

O presidente francês, François Hollande, anunciou neste domingo (09/09) uma agenda para a recuperação econômica do país durante os próximos dois anos e garantiu que vencimentos superiores a 1 milhão de euros serão taxados em 75% sem exceções.

"Vou estabelecer uma agenda de recuperação. Dois anos para pôr em prática uma política para o emprego, para a competitividade e para equilibrar as contas públicas", afirmou Hollande à emissora TF1, na sua primeira entrevista televisiva depois das férias de verão.

Quatro meses depois da sua eleição, Hollande enfrenta uma queda de sua popularidade. Durante a entrevista, disse que "escuta a impaciência" dos franceses com o "desemprego elevado", a competitividade da economia "degradada", os "déficits consideráveis" e com o "endividamento histórico" do país.

Contudo, o presidente argumentou que depois de ter assumido, "o governo não perdeu tempo, agiu rapidamente". Hollande lembrou o aumento do salário mínimo e de diversos serviços sociais, junto com o congelamento do preço dos combustíveis. 

Embora tenha assumido que essas medidas não são suficientes, o socialista defendeu-se: "Não vou fazer em quatro meses o que os meus antecessores não fizeram em cinco ou em dez anos. Mas estou no combate, não quero olhar para o passado", disse.

Hollande destacou entre as suas prioridades o combate ao desemprego. Para o presidente, a tendência crescente desta taxa, que já está quase em 10%, "deve ser invertida no espaço de um ano".

O presidente garantiu ainda que a sua promessa de campanha de taxar em 75% os rendimentos anuais superiores a 1 milhão de euros será cumprida e que a medida será aplicada sem exceções. "O meu objetivo é a construção de uma sociedade solidária. O compromisso que assumo é o de que os franceses possam dizer, em 2017, que vivem melhor do que em 2012", acrescentou.

AS/lusa/afp
Revisão: Marcio Damasceno