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Conferência de Annapolis

28 de novembro de 2007

A imprensa européia comenta os resultados da conferência sobre a paz no Oriente Médio ocorrida em Annapolis, nos EUA, e que reuniu o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

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Foto: DW

Frankfurter Allgemeine Zeitung (Alemanha): "Sete anos após a tentativa de Camp David, a situação no Oriente Médio é outra, e o governo Bush está terminando. Será que a hora já chegou? Talvez. De qualquer forma, um novo início foi dado."

Süddeutsche Zeitung: "É arriscado o fato de o presidente norte-americano manter relações diplomáticas apenas com uma parte dos palestinos e como isso evidenciar a divisão do povo palestino. Amigos podem ser escolhidos, inimigos, não. O Hamas deveria estar sentado à mesa de negociações em Annapolis ou ao menos deveria ter sido convidado, como aconteceu com a Síria."

Stuttgarter Nachrichten: "É fácil criticar a política de George W. Bush para o Oriente Médio. Durante sete anos, ele evitou se envolver com os problemas da região e, quando o fez, foi com ameaças e violência. Isso só piorou a situação, entre outras coisas porque os Estados Unidos são a única potência que realmente pode exercer influência sobre os lados em conflito no Oriente Médio. Também a convocação da conferência foi interpretada como uma tentativa de Bush de polir seu balanço de governo. Só que as notícias vindas dos EUA acabaram sendo mais positivas do que o esperado."

Basler Zeitung (Suíça): "Para que Annapolis não fracasse, como outros esforços anteriores, deve haver uma mudança de mentalidade. Como força de ocupação, Israel tem a responsabilidade especial de fazer concessões."

La Stampa (Itália): "O que torna a conferência de Annapolis tão peculiar é que o seu resultado final foi aceito de antemão. Incerto está, no entanto, como ele será posto em prática". (rw)