Israel ataca com mísseis após disparos de foguetes palestinos
3 de julho de 2014Israel viveu mais uma madrugada tensa nesta quinta-feira (03/07), cerca de 24 horas após a errupção de conflitos de rua por causa da morte de um adolescente palestino num suposto ato de vingança pela morte de três jovens israelenses. Ao menos dez palestinos ficaram feridos em ataques de Israel à Faixa de Gaza.
O fogo cruzado começou depois que uma casa foi atingida por foguetes na cidade israelense de Sderot, a nordeste da Faixa de Gaza, danificando uma estrada e provocando falta de energia. Israel respondeu com o ataque de mísseis, o que não impediu que uma segunda casa fosse atingida na mesma região. O Exército contabilizou 15 foguetes contra Israel, que não deixaram vítimas.
Do lado árabe, ao menos dez civis ficaram feridos com os ataques de mísseis no norte da Faixa de Gaza, incluindo uma mulher que está em estado grave, disse o chefe de serviços de emergência de Gaza, Ashraf Al-Qedra. Sirenes de alerta vermelho soaram nas comunidades israelenses na região durante toda a noite.
A escalada da violência entre árabes e israelenses teve início com a descoberta do corpo de um adolescente palestino, que a polícia ainda tentava identificar na manhã desta quinta-feira e confirmar se, de fato, é o jovem sequestrado Mohammed Abu Khder, de 16 anos.
O conflito teve início em Shuafat, onde Khder morava, após a descoberta do corpo, nesta quarta-feira, e se espalhou para outras áreas de Jerusalém Oriental. Os confrontos deixaram 232 feridos, a maioria por balas de borracha em Shuafat, segundo a agência de notícias AFP.
Há relatos de outros confrontos com tropas israelenses na Cisjordânia – em Qalandiya, entre Jerusalém e Ramallah, assim como nas cidades de Beit Fajjar e Belém, onde manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov.
Na noite de quarta para quinta-feira, tropas israelenses prenderam mais 13 palestinos no âmbito de uma ação iniciada após o sequestro dos três adolescentes, em 12 de junho. Os corpos dos adolescentes foram encontrados nesta segunda-feira, e o governo israelense atribui o crime ao grupo islâmico Hamas.
IP/afp/ap/dpa