Roubo em Paris
20 de maio de 2010O Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris abriu as portas aos visitantes com cinco obras importantes a menos nesta quinta-feira (20/05). O roubo de peças de Pablo Picasso, Henri Matisse, Amedeo Modigliani, Georges Braque e Fernand Léger só foi percebido momento antes da abertura do museu.
Embora inicialmente a polícia tenha divulgado que o valor dos quadros desaparecidos atingia meio milhão de euros, o vice-secretário de Cultura de Paris, Christophe Girard, afirmou que os cinco quadros juntos valem "menos de 100 milhões de euros". A obra Le pigeon aux petits pois, de Picasso, valeria cerca de 23 milhões de euros e La Pastorale, de Matisse, 15 milhões de euros.
As autoridades francesas já iniciaram uma investigação para apurar o caso. Segundo informações iniciais, as câmeras de vigilância do prédio mostram um homem mascarado invadindo o museu por uma janela. O sistema de segurança teria sido desligado. A polícia ainda não sabe dizer se havia outras pessoas envolvidas na ação.
Pouca chance de comercialização
Além dos quadros de Matisse e Picasso, foram levados ainda L'olivier près de l'Estaque, de Braque, La femme à l'éventail, de Modigliani, e Nature morte aux chandeliers, de Léger. Pela importância dos artistas, este pode ter sido um dos maiores roubos de obras de arte da história.
Pierre Cornette de Saint-Cyr, diretor do Museu Palais de Tóquio, afirmou que quem roubou os quadros não conseguirá comercializá-los. "Todos os países do mundo sabem deles e nenhum colecionador é tão estúpido a ponto de comprar um quadro que não poderá mostrar a outro colecionador e que, em segundo lugar, possa levá-lo para a cadeia."
O Museu de Arte Moderna de Paris foi fundado em 1961 e as mais de 8 mil obras em seu acervo representam as mais diversas correntes artísticas do século 21.
NP/ lusa/apn/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer