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Líder do Hisbolá aparece em público e adverte Estados Unidos

18 de setembro de 2012

Em rara aparição pública, o líder do movimento xiita, Hassan Nasrallah, alerta os EUA sobre "repercussões perigosas" em caso de divulgação completa do filme.

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Foto: AP

O líder do Hisbolá, Hassan Nasrallah, em rara aparição pública perante dezenas de milhares de manifestantes, participou dos protestos nesta segunda-feira (17/09) nos arredores de Beirute, capital do Líbano, contra o filme anti-islâmico Innocence of Muslims.

Nessa rara aparição pública, cercado por seguranças, o líder pediu aos seus seguidores para "mostrarem ao mundo a sua cólera" e alertou os Estados Unidos sobre "repercussões perigosas" em caso de difusão completa do filme sobre o profeta Maomé.

"Eles difamam a pureza do seu nascimento, a sua fé, suas morais e o seu Alcorão", disse o chefe do movimento xiita libanês. Ele afirmou, também, que os EUA têm que perceber que, se divulgarem todo o filme, haverá repercussões perigosas em todo o mundo.

Ele pediu que os sites na internet parem de disponibilizar o trailer do polêmico filme. Melhor ainda seria todos os países concordarem que insultos a religiões e seus profetas são crimes. Saudado pelos apoiadores do grupo xiita, o líder também pediu que os produtores do filme sejam castigados.

Proteste gegen Islamfeindliches Video in Beirut
Protesto contra o filme anti-islão em Beirute, capital do LíbanoFoto: AP

Mais manifestações

A manifestação foi a primeira de uma série convocada pelo Hisbolá no Líbano e transcorreu sem incidentes. Os participantes exibiram bandeiras libanesas, do Hisbolá e cartazes contra os Estados Unidos e Israel. Até o próximo domingo foram convocados novos protestos em outras cidades libanesas.

O filme Innocence of Muslims desencadeou uma série de protestos violentos em vários países, com ataques a representações diplomáticas ocidentais na Líbia, no Egito, no Sudão, no Iêmen e na Tunísia. Desde o início das manifestações, no dia 11 de setembro, 19 pessoas foram mortas em todo mundo, incluindo o embaixador dos Estados Unidos na Líbia.

FC/lusa/rtr/afp
Revisão: Alexandre Schossler