Macron assume presidência da França
14 de maio de 2017O novo presidente da França, Emmanuel Macron, enfatizou neste domingo (14/05) em seu primeiro discurso após tomar posse do cargo que os franceses apostaram na "esperança e no poder de conquista" ao elegê-lo: "O mundo e a Europa necessitam mais do que nunca da França, uma França forte, que levante a voz da liberdade e da solidariedade, de uma França que saiba inventar o futuro", afirmou o novo chefe de Estado durante a cerimônia de transferência de poderes no Palácio do Eliseu.
Macron acrescentou que o mundo espera de seu país "a audácia da liberdade, a exigência da igualdade e a vontade da fraternidade", mas enfrenta o fato de que, há décadas, a "França duvida de si mesma" e dos princípios que a construíram.
Por isso, as duas prioridades do novo presidente serão devolver aos franceses a confiança neles mesmos e convencê-los de que o país tem "em suas mãos todos os meios que tornarão e que tornam grandes as potências do século 21".
Programa europeu
No discurso, pronunciado pouco depois que o presidente que encerrou seu mandato – François Hollande – deixou o Eliseu, a Europa ocupou um espaço importante e Macron prometeu trabalhar para "fortalecer e relançar" o projeto europeu, pois o mesmo protege a França "e permite projetar os valores franceses no mundo".
Macron também fez questão de salientar que "a França somente é forte se é próspera. A França só é um modelo para o mundo quando é exemplar".
O político social liberal, o presidente mais jovem de toda a história republicana da França (39 anos), insistiu que não vai "ceder em nada" do programa que o levou ao poder. Para Macron, isso quer dizer que "o trabalho será libertado", que haverá incentivos para a iniciativa privada, que "a criação e a inovação" serão privilegiados e que "se fortalecerá a solidariedade nacional" para os que "se sentem esquecidos" pelos efeitos da globalização.
Macron também se referiu à ameaça terrorista, ao afirmar que "tudo o que torna a França um país seguro, onde é possível viver sem medo, será amplificado" e prometeu mais meios para as forças de segurança e inteligência.
Após a cerimónia de tomada de posse, o novo presidente francês percorreu a Avenida Champs-Élysées num veículo militar aberto e, no Arco do Triunfo, prestou homenagem ao soldado desconhecido, seu primeiro ato como chefe de Estado. Depois das dúvidas acerca da opção por um carro civil, Emmanuel Macron acabou preferindo utilizar um veículo de reconhecimento e apoio, construído por uma subsidiária da Renault.
CA/efe/lusa