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Merkel e Hollande exigem propostas concretas de Tsipras

6 de julho de 2015

Líderes de Alemanha e França afirmam que portas seguem abertas para negociações, mas exigem que primeiro-ministro grego apresente propostas "precisas" contra a crise. Bancos ficarão fechados por mais dois dias na Grécia.

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Foto: Getty Images/B. Guay

Após a vitória do "não" no referendo grego, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, pediram nesta segunda-feira (06/07) que Atenas apresente rapidamente propostas concretas para lidar com a crise financeira no país.

"O tempo urge, e nós vamos enfatizar que essas propostas devem estar na mesa nesta semana", disse Merkel em Paris, depois de uma reunião emergencial com o presidente francês. "Afirmamos com clareza que as portas continuam abertas para negociações", acrescentou.

Merkel disse esperar que, durante o encontro especial de cúpula da zona do euro marcado para esta terça-feira, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apresente propostas "precisas" e de médio prazo capazes de impulsionar a economia grega.

A chanceler disse ainda que a Grécia pode, assim como no passado, contar com a solidariedade dos europeus, mas precisa também assumir "sua própria responsabilidade". No momento, os requisitos para iniciar novas negociações sobre uma ajuda concreta não existem, acrescentou.

Assim como Merkel, o presidente francês também defendeu que sugestões concretas sejam postas na mesa pela Grécia e, de preferência, que as medidas sejam de longo prazo. "A porta mantém-se aberta às discussões. Cabe ao governo [grego] fazer propostas sérias e credíveis", afirmou Hollande.

Os líderes das duas maiores economias do euro se encontraram para discutir os próximos passos a serem tomados sobre a situação na Grécia, antes do encontro da cúpula da zona do euro.

Ajuda emergencial

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta segunda-feira manter em 88,6 bilhões de euros o limite para empréstimos emergenciais aos bancos gregos. Segundo a instituição, o valor permanece o anunciado no fim de junho, após Atenas romper as negociações com seus credores.

As instituições bancárias da Grécia dependem há meses dos créditos emergenciais chamados Emergency Liquidity Assistance (ELA), que são autorizados pela instituição guardiã do euro. O governo grego havia solicitado um aumento de 3 bilhões de euros no limite.

Antes da decisão do BCE, o governo grego anunciou que manterá as medidas de controle de capital no país. Os bancos permanecem fechados até quarta-feira, e o limite diário de saques em caixas eletrônicos, de 60 euros, permanece inalterado. O feriado bancário no país já dura mais de uma semana.

CN/dpa/rtr/apf/lusa