México enfrenta eleições cruciais em clima de violência
7 de junho de 2015As eleições intermediárias no México começaram neste domingo (07/06) cercadas por fortes medidas de segurança. Trata-se de um pleito importante em que os 83,5 milhões de eleitores do país escolhem os ocupantes de um total de 2 mil cargos, sendo 500 deputados federais e 600 municipais, nove governadores, 871 prefeitos e 16 chefes distritais.
Segundo o presidente do Instituto Nacional Eleitoral, Lorenzo Córdova, este é o pleito maior e mais complexo da vida democrática do México. "Trata-se da aposta da sociedade nas eleições e na via pacífica, para resolver nossas diferenças. O que supõe o rechaço total tanto à violência quanto aos impulsos autoritários."
Dez legendas estão concorrendo. As favoritas, segundo as pesquisas de intenção de voto, são o Partido Revolucionário Institucional (PRI), do governo, o conservador Partido Ação Nacional (PAN) e o Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda.
Segurança reforçada
Para garantir a realização da jornada, o governo mobilizou militares e policiais federais para os pontos mais conflituosos no sul do país, entre eles a zona da escola Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, no estado de Guerrero.
Daquela escola rural de magistério procediam os 43 estudantes desaparecidos e presumivelmente assassinados em setembro de 2014, depois de serem detidos pela polícia e entregues a uma quadrilha criminosa.
Em protesto, neste domingo um grupo de estudantes impediu a instalação de alguns centros de votação, apoderando-se de cédulas e urnas e queimando-as nas ruas. Tanto em Guerrero como em Oaxaca, professores que se opõem à reforma do ensino anunciaram a intenção de impedir o escrutínio.
Também em outros locais do México, desde a manhã se registraram boicotes, queimas de veículos e outros incidentes violentos.
AV/efe/dpa