OMS envia 3,5 milhões de vacinas de febre amarela ao Brasil
30 de março de 2017Para ajudar a conter o surto de febre amarela, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou ao Brasil 3,5 milhões de vacinas contra a doença, anunciou o órgão nesta quinta-feira (30/03). Desde janeiro, 162 mortes foram registradas devido ao vírus, e outras 95 estão sendo investigadas.
As doses serão utilizadas em campanhas de vacinação no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Elas vieram da reserva para emergências da OMS e foram levadas ao país pelo Grupo Internacional de Coordenação (IGC), que coordena um total de 6 milhões de vacinas contra febre amarela. Esse estoque é reposto continuamente.
O Brasil reembolsará o custo das 3,5 milhões de vacinas através da reserva de emergência para a febre amarela financiada pela Aliança Mundial para a Vacinação e a Imunização (GAVI).
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Segundo o Ministério da Saúde, 492 casos de febre amarela foram confirmados no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao todo, foram notificadas 2.104 suspeitas da doença em 16 estados e no Distrito Federal, sendo que 1.101 permanecem em investigação e 511 foram descartadas. Minas Gerais é o estado mais atingido pelo surto.
O Brasil, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), trabalha para garantir a proteção da população e prevenir a expansão do vírus da febre amarela. As autoridades estão realizando campanhas de vacinação em vários estados, além de reforçar a vigilância e o atendimento dos casos.
Mais de 18,8 milhões de vacinas já foram distribuídas, e a OPAS disponibilizou mais de 15 especialistas através da Rede Global de Alerta e Respostas – agências internacionais, governos, universidades e outras entidades – para apoiar o governo federal com assistência técnica na gestão do surto da doença.
A febre amarela é causada pelo vírus da família flaviviridae. A doença infecciosa febril aguda pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é transmitida por mosquitos, entre eles o aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya – e é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.
CN/efe/lusa/ots