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Parentes fazem marcha nos EUA por desaparecidos no México

17 de março de 2015

Familiares dos 43 estudantes desaparecidos há seis meses partem vão a cidades americanas apelar por intervenção internacional no caso. Eles não aceitam versão da polícia mexicana e exigem novas investigações.

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Mexiko, Proteste anlässlich verschwundener Studenten
Foto: REUTERS/H. Romero

Parentes e amigos dos 43 estudantes desaparecidos em setembro do ano passado em Iguala, no sul do México, pediram nesta segunda-feira (16/03) a intervenção dos Estados Unidos e de organismos internacionais nas investigações realizadas pelas autoridades mexicanas sobre o caso. O apelo foi feito em San Antonio, de onde eles partem para uma marcha que passará por 43 cidades americanas, a fim de chamar a atenção para a busca pelo paradeiro dos jovens.

"Esperamos sensibilizar a população e o governo de que no México os direitos humanos são sistematicamente violados", disse à agência de notícias Efe Omar Garcia, colega de um dos 43 jovens desaparecidos e que conseguiu escapar dos policiais no dia em que os amigos foram abordados e, logo depois, desapareceram.

Intitulada "Caravana 43", o giro pelos EUA vai partir conjuntamente de três cidades no estado do Texas – San Antonio, McAllen e El Paso. Familiares, amigos e advogados seguirão por três rotas distintas: uma pelos estados centrais do território americano, uma na costa leste e a outra, na oeste.

Ao longo da marcha, que deve durar três semanas, estão previstas paradas nas cidades de Washington e Nova Iorque, onde os manifestantes se reunirão com integrantes da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos e da Anistia Internacional. Também estão no roteiro Austin, Dallas, Kansas City, San Luis, Saint Paul, Milwaukee, Chicago, Grand Rapids, Lansing, Detroit e Columbus.

Os 43 estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa desapareceram no dia 26 de setembro do ano passado na cidade de Iguala, no estado de Guerrero. Eles teriam sido levados por policiais locais e entregues a membros do cartel Guerreros Unidos, que os teria assassinado e incinerado os corpos em um depósito de lixo no município vizinho de Cocula.

Os pais dos estudantes, no entanto, não acreditam na versão oficial. Eles exigem a abertura de uma nova linha de investigação, que trabalhe com outras hipóteses.

MSB/efe/dw