Países do G4 criticam morosidade de reformas da ONU
26 de setembro de 2015Os líderes dos quatro países do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão), grupo que pleiteia uma reforma e um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, se reuniram neste sábado (26/09) em Nova York, à margem da Cúpula das Nações sobre Desenvolvimento Sustentável.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel e os primeiros-ministros da Índia e Japão, Narendra Modi e Shinzo Abe, acreditam que um Conselho de Segurança mais representativo, legítimo e eficaz "é mais necessário do que nunca" para lidar com conflitos e crises.
O Itamaraty disse ainda os líderes do G4 avaliaram, no entanto, que não houve progresso substantivo na reforma do Conselho desde a Cúpula Mundial de 2005, quando chefes de Estado apoiaram, por unanimidade, uma reforma urgente no Conselho de Segurança.
Segundo o documento, os líderes elogiaram o esforço durante a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, no ano passado, para "mover o processo em direção a negociações baseadas em texto". Eles também se comprometeram a apoiar e cooperar com as negociações na 70ª Assembleia Geral, na segunda-feira.
Discurso de abertura
Dilma viajou na última quinta-feira para os Estados Unidos, para participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e da 70ª Assembleia Geral da ONU. Neste sábado, em Nova York, a presidente reiterou a disposição do Brasil de receber refugiados.
"O Brasil é um país de refugiados, meu pai foi refugiado. Estamos abertos para todos que queiram trabalhar e viver com dignidade. Sem políticas xenófobas, restritivas", disse ela, após participar de reunião do G4.
Segundo o governo brasileiro, o discurso que a presidenta Dilma Rousseff fará na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na segunda-feira, vai destacar a necessidade de uma reforma na instituição, especialmente num momento em que questões delicadas como a imigração em massa de refugiados sírios para a Europa se intensificam no cenário global.
CA/ots/abr