PF realiza busca em gráficas da chapa Dilma-Temer
27 de dezembro de 2016A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (27/12) operações de busca e apreensão em gráficas que prestaram serviços à campanha da chapa Dilma-Temer para as eleições de 2014. A ação ocorre em 20 endereços nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A chapa é alvo de uma investigação no TSE que apura irregularidades no recebimento de doações para a campanha. Os principais alvos da atual operação são as empresas VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda., Focal Confecção e Comunicação Visual Ltda. e Rede Seg Gráfica Eireli.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE que autorizou a quebra de sigilo fiscal de pessoas jurídicas e físicas que teriam demonstrado indícios de irregularidades.
A operação investiga se a campanha teria sido financiada com dinheiro público desviado e visa apurar se as empresas tinham capacidade para prestar os serviços declarados.
Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, um laudo da força-tarefa da PF, Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), criada para analisar as contas da chapa, revelou indícios de fraudes e desvios de recursos da campanha. Uma das gráficas, a Focal, que foi alvo da Lava Jato, chegou a receber 24 milhões de reais. O laudo teria indicam que 3,2 milhões de reais foram recebidos pela empresa de forma irregular e poderiam ter sido usados para desvios eleitorais.
Em agosto, peritos do TSE encontraram falhas nas contas de gráficascontratadas para trabalhar na campanha eleitoral de 2014 na chapa Dilma-Temer.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. Porém, ações sobre as contas desta campanha foram levadas ao tribunal pelo PSDB. O partido acusa a chapa adversária de irregularidades ao receber doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
CN/abr/ots