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Promotoria acusa mais três policiais por morte de Floyd

3 de junho de 2020

Agentes vão responder por cumplicidade em homicídio. Promotoria de Minnesota também endurece acusação contra ex-policial Derek Chauvin, com pena que pode chegar a até 40 anos de prisão.

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Protesto após morte de Georg Floyd  nos EUA
Morte de Georg Floyd desencadeou onda de protestos nos EUAFoto: picture-alliance/abaca/Miami Herald/TNS/C. Juste

A Promotoria de Minnesota, nos EUA, acusou nesta quarta-feira (03/06) três policiais envolvidos na ação que resultou na morte de George Floyd em Minneapolis como cúmplices no assassinato e também endureceu a acusação contra o agente que sufocou a vítima. O ex-policial Derek Chauvin passou a ser acusado de assassinato em segundo grau, cuja pena pode chegar a 40 anos de prisão.

De acordo com a promotoria, as ações de Chauvin foram "um fator causal substancial" na morte de Floyd, de 46 anos, que foi detido pela polícia e imobilizado na rua por um policial, que pressionou seu pescoço com o joelho durante vários minutos, apesar de a vítima afirmar várias vezes que não conseguia respirar. Ele morreu depois de ser detido por suspeita de ter tentado pagar uma compra com uma nota falsa de 20 dólares em um supermercado.

Imagens registradas por pessoas no local mostram não apenas que Chauvin imobilizou Floyd durante cerca de nove minutos, mas que outros dois policiais pressionavam as costas da vítima com os joelhos.

Chauvin foi demitido da polícia e detido na semana passada, acusado incialmente de homicídio de terceiro grau, com pena de no máximo 25 anos de prisão. Os outros três agentes envolvidos na ação também foram demitidos.

Além de apresentar acusação formal contra os agentes Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao, a promotoria expediu mandados de prisão contra os três ex-policiais. 

"Georg Floyd importava. Ele era amado, sua família era importante, sua vida tinha valor e buscaremos justiça", disse o procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison.

A morte de Floyd resultou numa série de protestos nos Estados Unidos contra o racismo. Alguns atos, foram marcados por distúrbios nas ruas e confrontos violentos entre manifestantes e policiais.

Dezenas de milhares de pessoas voltaram a protestar pelos Estados Unidos nesta terça-feira, uma semana após a morte de Floyd. A maioria dos protestos transcorreu de forma pacífica ao longo do dia, mas houve registro de violência e prisões de manifestantes à noite.

Um dos maiores protestos ocorreu em Houston, no Texas, a cidade natal de Floyd, e reuniu cerca de 60 mil pessoas. Em Los Angeles, a polícia prendeu centenas de pessoas, segundo um porta-voz. Durante o dia, as manifestações foram pacíficas.

Em muitas cidades, os manifestantes desrespeitaram o toque de recolher a partir do início da noite. Em várias manifestações, os participantes deitaram no chão, com as mãos cruzadas às costas, para simbolizar a impotência de Floyd durante a ação policial que resultou na sua morte.

CN/ap/dpa/lusa

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