Satélite localizado
25 de outubro de 2011O satélite de pesquisa alemão Rosat reentrou na atmosfera terrestre sobre o Golfo de Bengala, no nordeste do Oceano Índico, informou o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão) nesta terça-feira (25/10). Ainda não se sabe se destroços atingiram a superfície terrestre da região ao leste da Índia.
Após a análise dos dados disponíveis, principalmente norte-americanos, foi verificado que o Rosat entrou na atmosfera às 23h50 de sábado, no horário de Brasília. Caso restos da sonda não tenham se desintegrado e alcançado a superfície terrestre, é provável que tenham caído no mar.
"Desde domingo de manhã não recebemos mensagens sobre destroços que tenham sido vistos em terra", disse o porta-voz do DLR, Andreas Schütz.
Como a trajetória do satélite também passava sobre a Alemanha, a possibilidade de que pedaços tenham caído sobre o país não foi completamente excluída. Mas a probabilidade de isso ter acontecido foi classificada como muito baixa.
Queda prevista
A queda do satélite lançado em 1990 na Flórida e desativado em 1999 era aguardada há meses. O DLR já havia alertado em fevereiro que o Rosat estava fora de controle e que reentraria na atmosfera terrestre durante o outono europeu.
A Alemanha havia acatado um acordo internacional no qual se responsabilizou por eventuais prejuízos causados pela queda.
Lixo espacial cai praticamente toda semana na atmosfera terrestre. Nos últimos tempos, foram 60 a 80 toneladas por ano. Raramente os restos são encontrados. Segundo o DLR, em comparação, o número e a massa de objetos naturais que impactam sobre a superfície terrestre é significativamente maior.
Missão bem sucedida
O presidente do DLR, Johann-Dietrich Wörner, declarou que a reentrada do Rosat na atmosfera foi "a conclusão de uma das mais bem sucedidas missões espaciais científicas da Alemanha".
A missão teuto-americana é considerada um sucesso pelos cientistas. Em 1990, o satélite forneceu a primeira imagem em raio-X da Lua, enviou fotografias da galáxia de Andrômeda para a Terra e captou os primeiros raios-X de um cometa.
Durante seus quase nove anos de atividade, o satélite registrou cerca de 80 mil fontes de raios-X. Mais de 4 mil cientistas de 24 países participaram das medições.
LPF/rtr/afp/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer