1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Simone Tebet declara voto em Lula no segundo turno

5 de outubro de 2022

"O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós", afirma terceira colocada na corrida ao Planalto. Senadora do MBD pediu ao petista que incorporasse algumas de suas ideias em plano de governo.

https://p.dw.com/p/4Ho2V
Simone Tebet
Tebet ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,2% dos votosFoto: Rodrigo Paiva/Getty Images

A senadora Simone Tebet (MDB) declarou nesta quarta-feira (05/10) apoio no segundo turno ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em contrapartida, o petista teria concordado em incorporar ao seu plano de governo propostas apresentadas por Tebet, em temas relacionados a educação, saúde e mulheres. A emedebista ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,2% dos votos.

"O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós", disse Tebet em pronunciamento. "Nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina, a arma ocupou o lugar dos livros. A iniquidade fez curvas a esperança. A mentira feriu a verdade. Por tudo isso [...], depositarei nele [Lula] o meu voto."

Antes de anunciar a decisão, Tebet almoçou nesta quarta com Lula e seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), na casa da ex-ministra Marta Suplicy (sem partido), em São Paulo.

O almoço foi precedido de uma conversa por telefone entre Tebet e Lula, na segunda-feira, intermediada pela mulher do petista, a socióloga Rosângela "Janja" Silva, noticiou a Folha de S.Paulo.

De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também participou do almoço desta quarta, Lula e Tebet deverão se reunir publicamente na quinta ou sexta-feira – o PT espera por uma foto dos dois juntos, que possa endossar o apoio da senadora.

MDB libera voto

A candidata a vice de Tebet, a senadora tucana Mara Gabrilli, declarou voto em branco no segundo turno. Tebet, no entanto, logo após o pleito de domingo, disse que não iria se omitir.

"Não esperem de mim omissão, vou me pronunciar no momento certo. Tenho meu lado", afirmou.

Na terça-feira, o MDB liberou seus filiados a escolherem quem apoiar. No mesmo dia, a senadora se encontrou com Alckmin. Os dois posaram para uma foto segurando o plano de governo de Tebet, o que aumentou as especulações de um eventual apoio a Lula.

Também nesta quarta-feira, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso declarou apoio a Lula no segundo turno, "por uma história de luta pela democracia e inclusão social". O PSDB também liberou seus filiados a optarem por Lula ou Bolsonaro.

Na terça-feira, o candidato pedetista derrotado em primeiro turno, Ciro Gomes, e o PDT anunciaram apoio a Lula. O PDT afirmou que o petista é a alternativa mais próxima do partido. Já Ciro disse, em vídeo, que é a "única saída".

Por outro lado, Bolsonaro conta com o apoio de governadores de grandes colégios eleitorais: Rodrigo Garcia (PSDB- SP), Romeo Zema (Novo-MG) e Cláudio Castro (PL-RJ).

le/lf (ots)