Simone Tebet declara voto em Lula no segundo turno
5 de outubro de 2022A senadora Simone Tebet (MDB) declarou nesta quarta-feira (05/10) apoio no segundo turno ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em contrapartida, o petista teria concordado em incorporar ao seu plano de governo propostas apresentadas por Tebet, em temas relacionados a educação, saúde e mulheres. A emedebista ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,2% dos votos.
"O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós", disse Tebet em pronunciamento. "Nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina, a arma ocupou o lugar dos livros. A iniquidade fez curvas a esperança. A mentira feriu a verdade. Por tudo isso [...], depositarei nele [Lula] o meu voto."
Antes de anunciar a decisão, Tebet almoçou nesta quarta com Lula e seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), na casa da ex-ministra Marta Suplicy (sem partido), em São Paulo.
O almoço foi precedido de uma conversa por telefone entre Tebet e Lula, na segunda-feira, intermediada pela mulher do petista, a socióloga Rosângela "Janja" Silva, noticiou a Folha de S.Paulo.
De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também participou do almoço desta quarta, Lula e Tebet deverão se reunir publicamente na quinta ou sexta-feira – o PT espera por uma foto dos dois juntos, que possa endossar o apoio da senadora.
MDB libera voto
A candidata a vice de Tebet, a senadora tucana Mara Gabrilli, declarou voto em branco no segundo turno. Tebet, no entanto, logo após o pleito de domingo, disse que não iria se omitir.
"Não esperem de mim omissão, vou me pronunciar no momento certo. Tenho meu lado", afirmou.
Na terça-feira, o MDB liberou seus filiados a escolherem quem apoiar. No mesmo dia, a senadora se encontrou com Alckmin. Os dois posaram para uma foto segurando o plano de governo de Tebet, o que aumentou as especulações de um eventual apoio a Lula.
Também nesta quarta-feira, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso declarou apoio a Lula no segundo turno, "por uma história de luta pela democracia e inclusão social". O PSDB também liberou seus filiados a optarem por Lula ou Bolsonaro.
Na terça-feira, o candidato pedetista derrotado em primeiro turno, Ciro Gomes, e o PDT anunciaram apoio a Lula. O PDT afirmou que o petista é a alternativa mais próxima do partido. Já Ciro disse, em vídeo, que é a "única saída".
Por outro lado, Bolsonaro conta com o apoio de governadores de grandes colégios eleitorais: Rodrigo Garcia (PSDB- SP), Romeo Zema (Novo-MG) e Cláudio Castro (PL-RJ).
le/lf (ots)