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STF autoriza inquérito contra ministros de Dilma

6 de setembro de 2015

Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e senador Aloysio Nunes serão investigados por suposta ligação com esquema de propinas da Petrobras. Eles foram citados em delação do dono da empreiteira UTC.

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Foto: Belousov/Host Photo Agency/Ria Novosti/Getty Images

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a pedido do Ministério Público Federal, a abertura de inquérito para investigar os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Edinho Silva, da Comunicação Social, além do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

A notícia foi divulgada na noite do sábado (05/09), pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, e pelo site do jornal O Estado de São Paulo. A investigação atinge, pela primeira vez, dois dos principais ministros da presidente Dilma Rousseff.

Os ministros e o senador tucano foram citados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada, como beneficiários de recursos do esquema de corrupção da Petrobras.

Pessoa afirmou que foram feitos repasses milionários para as campanhas de Mercadante ao governo paulista, em 2010, e para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, da qual Edinho Silva foi tesoureiro. Recursos ilícitos também teriam sido repassados para a campanha do senador Aloysio Nunes.

Na delação premiada, Pessoa disse que a UTC doou 7,5 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff. O empreiteiro afirmou que foi coagido a fazer as doações para assegurar que sua construtora mantivesse contratos com a Petrobras.

O ministro Aloizio Mercadante afirmou ser "absolutamente insustentável" a tese da delação feita pelo empresário Ricardo Pessoa sobre as doações à campanha dele ao governo de São Paulo, em 2010. Conforme o ministro, o empreiteiro doou 500 mil reais "devidamente comprovados em prestação de contas à Justiça Eleitoral."

Ex-tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição, Edinho Silva informou que sempre agiu dentro da legalidade na arrecadação de fundos para a disputa presidencial em 2014.

"Sou plenamente favorável que se apure todos os fatos e que todas as dúvidas sejam esclarecidas", afirmou o ministro, em nota à imprensa. Aloysio Nunes disse considerar "absurda" a suposição de que ele "pudesse favorecer negócios da Petrobras". Ele destacou que é um "oposicionista notório e intransigente aos governos do PT."

MD/afp/efe/rtr