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Resgate da Irlanda

12 de novembro de 2010

Líderes europeus asseguram na cúpula do G20 em Seul: Irlanda não será segunda Grécia. Observação de premiê Merkel de que contribuintes não podem arcar sós com sistema de resgate da UE levara investidores à cautela.

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Centro de Convenções e Exposições (Coex), em SeulFoto: picture alliance / landov

Os ministros das Finanças da Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido reuniram-se nesta sexta-feira (12/11) em Seul, à margem da cúpula do G20 na Coreia do Sul, para discutir a situação financeira da Irlanda. Na véspera, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, reafirmara a disposição da União Europeia de ajudar o país.

"Acompanhamos a situação [...] e, em caso de necessidade, a UE está pronta a apoiar a Irlanda", disse Durão Barroso em coletiva de imprensa durante a cúpula do G20, em que esteve acompanhado pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Ele acrescentou que "todos os instrumentos estão prontos para entrar em ação, se necessário".

Calma nos mercados

Receios de uma intervenção da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Irlanda, como a ocorrida na Grécia em maio último, provocaram uma queda do euro em relação ao dólar nesta quinta feira.

Segundo o porta-voz do governo federal alemão, as cinco potências europeias reunidas em Seul emitiriam um comunicado visando acalmar os mercados financeiros. Aos bancos credores da Irlanda se assegurará que esta não se encontra em perigo de insolvência e que não requererá dinheiro privado para se livrar de suas dificuldades.

Ainda segundo fontes alemãs, o comunicado assinalaria que o mecanismo para a estabilidade financeira da UE, que prevê a assistência aos países da zona do euro em dificuldades, "já está estabelecido e sua ativação não requer a participação do setor privado".

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Líderes do G20 reunidos na Coreia do SulFoto: AP

Merkel desestabilizou

O plano de resgate da UE foi aprovado em maio de 2010 e expira em 2013. Em conferência realizada na primeira semana de novembro, em Bruxelas, os líderes do bloco discutiram a criação de um mecanismo permanente para resolução de crises que substituísse o atual fundo de emergência.

O posicionamento da chanceler federal alemã, Angela Merkel, durante essa reunião provocara insegurança nos investidores. Ela insistira que o sistema de resgate não poderia se financiar exclusivamente com o dinheiro dos contribuintes.

AV/dpa/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque