1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

YouTube desmonetiza Jovem Pan por desinformação eleitoral

24 de novembro de 2022

Plataforma diz que agiu devido a repetidas violações, principalmente no programa "Pingos nos Is", e tomou medida por conta própria, sem que houvesse pedido judicial. Emissora já é investigada pelo TSE.

https://p.dw.com/p/4JzcU
Ícones de mídia social em tela de celular na mão de uma pessoa
Monetização do YouTube é fonte relevante de receita para a Jovem PanFoto: Gregor Macak Martin/CTK/dpa/picture alliance

O YouTube decidiu desmonetizar, ou seja, cortar a receita publicitária, dos canais da rede Jovem Pan, citando repetidas violações de políticas de combate à desinformação eleitoral. A plataforma tomou a medida por conta própria. Não houve pedido judicial referente à emissora.

De acordo com a empresa, o problema ocorreu principalmente por conta do programa "Pingos nos Is", mas devido à repetição das infrações a decisão não se limitou a esse produto.

"O canal Os Pingos nos Is incorreu em repetidas violações das nossas políticas contra desinformação em eleições e nossas diretrizes de conteúdo adequado para publicidade, incluindo as relacionadas a questões polêmicas e eventos sensíveis, atos perigosos ou nocivos, além de outras políticas de monetização. Desta forma, suspendemos a monetização do respectivo canal e dos outros que integram a rede Jovem Pan no YouTube, de acordo com nossas regras", afirma nota do YouTube.

Investigação no TSE

O canal da Jovem Pan "Pingo nos Is" é um dos maiores da emissora, com mais de 5 milhões de inscritos e diversos vídeos diários com mais de 700 mil visualizações. O Grupo Jovem Pan tem a monetização do YouTube como fonte relevante de receita.

A Jovem Pan também está sendo investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por um suposto favorecimento de notícias para o candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL) e suposta falta de isonomia no tratamento em relação ao dado à campanha do agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O tribunal também obrigou a rádio a dar direitos de resposta à campanha de Lula e ordenou o impedimento de novas inserções e manifestações que distorçam informações sobre as condenações do petista anuladas pelo STF.

md/lf (ots)