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Zona do euro registra novo recorde de desemprego

31 de agosto de 2012

Em julho último, mais de 18 milhões de pessoas dos 17 países da moeda comum não tinham trabalho. Taxa de desemprego foi de 11,3%. Duramente atingida pela crise, na Espanha, 52,9% dos jovens não têm emprego.

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Foto: AP

O mercado de trabalho na zona do euro atingiu, em julho, um recorde negativo. De acordo com os dados divulgados pelo departamento de estatísticas da União Europeia (Eurostat), os 17 países que compõem o bloco da moeda comum registraram 18.002.000 desempregados – ou seja, uma taxa de 11,3%.

Em julho foram feitos novos 88 mil registros de pessoas desempregadas em relação a junho, mas o índice permaneceu praticamente estável. Já em comparação com julho do ano passado, a lista de desemprego tem a mais dois milhões de pessoas. Em toda a União Europeia, os índices de junho e julho permaneceram o mesmo, 11,4%

Há mais de um ano o número de desempregados vem aumentando na zona do euro. Especialistas alertam que, sem trabalho, a população passa a contar com menos recursos e, consequentemente, consome menos, o que afeta a conjuntura econômica dos países.

Grécia e Espanha

Na Espanha, desemprego em julho foi de 25,1%
Na Espanha, desemprego em julho foi de 25,1%Foto: dapd

Os dois países que registraram as piores taxas de desemprego na zona do euro foram Grécia e Espanha, ambos duramente atingidos pela crise da dívida. Em julho, 25,1% dos espanhóis não tinham um posto de trabalho – ou seja, uma em cada quatro pessoas – percentual maior do que os 24,8% registrados no mês anterior. Os últimos registros divulgados da Grécia, ainda em maio, mostravam um desemprego na casa dos 23,1%.

Também afetada pela crise, a Itália apresentou 10,7% de desemprego em julho. Já os melhores índices foram observados na Áustria (4,5%), na Holanda (5,3%), na Alemanha e na Bélgica (ambas com 5,5%).

A situação permanece preocupante quando se considera toda a UE. Quase 25,3 milhões de pessoas não têm um posto de trabalho no bloco, um aumento de 43 mil desempregados em apenas um mês. O número corresponde a uma taxa de 10,4%.

Ainda segundo o levantamento, os mais afetados são os jovens. Cerca de 22,6% da população da zona do euro com menos de 25 anos está desempregada, ou seja, quase 3,4 milhões de pessoas. Neste ponto também a Espanha apresenta os piores índices. Mais da metade dos jovens espanhóis (52,9%) encontram-se sem ocupação. Na Alemanha, onde foi registrado o menor desemprego entre jovens, o índice é de apenas 8,0%.

MSB/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque