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Beira: Nova tarifa do transporte depende do Governo

12 de julho de 2022

Conselho Autárquico da Cidade da Beira diz que o aumento do preço do transporte está refém da aprovação do Governo central. Transportadores exigem nova tarifa e entram no segundo dia de paralisação.

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"Chapas" na cidade da Beira (Foto simbólica)Foto: DW/J. Beck

"Neste momento o que nós temos a dizer é que o documento já está no Ministério da Administração Estatal", disse esta terça-feira (12.07) à comunicação social Flora Mpula, vereadora para a área dos transportes e comunicação no Conselho Autárquico da Cidade da Beira.

Segundo Flora Mpula, a nova tabela já foi aprovada pela autarquia e, após a sua submissão ao Governo central, a lei estabelece que o processo deve levar, no mínimo, 45 dias.

"Se não tivermos uma resposta no prazo de 45 dias, significa que já fomos autorizados", acrescentou a responsável.

Paralisação dos "chapeiros"

A crise dos transportes que a cidade da Beira atravessa começou na segunda-feira, quando os autocarros e "chapas", ligeiros improvisados como transporte urbano coletivo, encostaram os seus veículos mais uma vez exigindo a revisão do preço de transporte na cidade.

A proposta aumenta a tarifa de transporte de 10 meticais (0,15 euros) para 15 meticais (0,23 euros) nas viagens dentro da cidade e para 25 meticais (0,29 euros) nos trajetos fora da urbe.

Crise dos transportes em Maputo aproxima estranhos

Américo Mussicuane, presidente da Associação dos Transportadores da Beira (ATABE), que convocou o protesto, avançou a possibilidade de os transportadores voltarem a operar a partir de quarta-feira, após uma reunião com o Ministério do Transportes e com o Conselho Autárquico.

Com as viaturas de transporte coletivo encostadas nos terminais rodoviários, a ação provocou enchentes nas paragens, obrigando muitos trabalhadores e alunos a andar a pé até ao seu destino.

Reajuste automático

Na semana passada, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (Fematro) pediu ao Governo um mecanismo de reajustamento automático do preço de transporte, visando acabar com a incerteza em relação à fixação da tarifa e à viabilidade da atividade.

A proposta da Fematro surgiu na sequência de uma paralisação espontânea de transporte público movida pelos "chapeiros", furgões de transporte de passageiros, na cidade e província de Maputo, devido ao novo aumento do preço dos combustíveis.

O Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique prometeu compensações e subsídios aos transportadores para mitigar o impacto do aumento dos preços dos combustíveis em Moçambique.