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Covid-19: Guiné-Bissau deteta casos da variante Delta

Lusa
28 de agosto de 2021

A Guiné-Bissau registou 26 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, em 24 horas, e o Alto Comissariado para a Covid-19 revelou preocupação com o aumento da taxa de positividade no país.

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Guinea-Bissau | Lieferung von Covid-19 Impfstoff
Foto: Iancuba Dansó/DW

"A taxa de positividade continua elevada, em 113 pessoas testadas, 26 são positivas para o novo coronavírus, uma taxa de positividade de 23%", destaca o comunicado do Alto Comissário para a Covid-19.

De acordo com o boletim epidemiológico estão internadas 44 pessoas, enquanto 33 pessoas foram dadas como recuperadas da doença, nas últimas 24 horas.

A Guiné-Bissau continua a registar 856 casos ativos de covid-19.

O Alto Comissariado para a Covid-19 anunciou este sábado (28.08) que foi detetada na Guiné-Bissau a variante Delta do novo coronavírus."Em resultado do sequenciamento genético de 34 amostras colhidas entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, foi detetada a presença da variante Delta em todas as amostras sequenciadas", revelou um comunicado.

A alta comissaria, Magda Robalo, exortou os guineenses a vacinarem-se com a variante Delta em circulação.

"Dados científicos sugerem que esta variante causa doença mais grave do que as outras variantes e o próprio vírus original, sobretudo em pessoas não vacinadas", frisou o comunicado.

Magda quer debate público para explicar destino de apoios

A Alta Comissária contra a covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo, desafiou as organizações da sociedade civil a organizarem um fórum público que explique as origens e o destino dos fundos que tem recebido de parceiros do país.

Organizações da sociedade civil têm criticado a gestão dos fundos e instaram o Tribunal de Contas a fazer uma auditoria ao exercício do Alto Comissariado contra a covid-19.

Magda Robalo
Alta Comissária contra a covid-19 na Guiné-Bissau Magda RobaloFoto: Privat

Em resposta à Lusa, a médica Magda Robalo lamenta as críticas e afirma estar disponível para um esclarecimento público.

"Sei que é preocupação da população sobre o que tem sido feito com os apoios que chegam ao Alto Comissariado. Infelizmente, tem havido muita especulação, calúnia e difamação em relação à minha pessoa, em relação aos materiais e fundos doados pelos parceiros", disse Robalo.

"Desafio as organizações da sociedade civil a se ocuparem da organização de um fórum para que possa pôr a limpo a situação da gestão", acrescentou a médica.

Em relação à auditoria às contas do Alto Comissariado exigida por um grupo de organizações da sociedade civil, Magda Robalo disse estar de "braços abertos" a qualquer exercício desse tipo tanto a nível interno como externo.

"Alto Comissariado tem livros abertos ou suas portas abertas a qualquer iniciativa que vise fazer uma auditoria às suas contas, bem como a gestão que faz dos apoios tanto materiais como financeiros que recebe", disse a responsável pelo combate à covid-19.

A Guiné-Bissau vive, há dois meses, a terceira vaga da pandemia de covid-19. O país registou desde o início da pandemia, em março de 2020, 5.702 casos confirmados da doença e mantém 115 óbitos.

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