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Cólera matou 101 pessoas desde setembro em Moçambique

Lusa
4 de abril de 2023

Pelo menos 101 pessoas morreram e outras 15 mil foram internadas devido a cólera desde setembro do ano passado em Moçambique, indica um documento do Ministério da Saúde.

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Foto: Marcelino Mueia/DW

No total, Moçambique contabiliza 22.982 casos de cólera desde setembro do ano passado, 500 dos quais registados nas últimas 24 horas, refere a atualização da Direção Nacional de Saúde Pública.

As províncias de Niassa, Tete, Sofala e Zambézia estão entre as mais afetadas pela doença, cuja taxa de letalidade está nos 0.4%, segundo os dados do Ministério da Saúde.

O Governo moçambicano, em coordenação com a Organização Mundial da Saúde (OMS), começou em fevereiro uma campanha de vacinação contra cólera, prevendo abranger mais de 720 mil pessoas em todo o país.

Segundo dados da organização, a OMS desembolsou 856 mil dólares (811 mil euros) para apoiar a resposta contra o surto de cólera em Moçambique, além de suprimentos médicos e medicamentos.

A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida - sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

Moçambique, considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.