Guiné-Bissau: Tudo a postos para as eleições, garante CNE
28 de maio de 2023Depois do adiamento, em dezembro do ano passado, tudo está agora a postos para a realização das eleições legislativas no próximo domingo, 04 de junho. A garantia é dada pela secretária-executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Felisberta Moura Vaz.
"Neste momento, tendo em conta o cronograma das atividades previstas pela CNE, já estamos na preparação dos kits para enviar às regiões do país e para a diáspora. Em relação à diáspora há alguns kits que já partiram e há também alguns que já foram enviados para Dakar (Senegal)", explica.
Paralelamente aos trabalhos em curso na Comissão Nacional de Eleições, a campanha eleitoral entra na última semana e os partidos e coligações, que estão na corrida ao parlamento guineense, reforçam o contacto com o eleitorado.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva, defende que, para haver um fim da campanha sem sobressaltos, é preciso "que o povo continue a observar o espírito de tolerância e cultura democrática que tem demonstrado até aqui".
"Há que rejeitar qualquer tipo de discurso de ódio e qualquer forma de tentar dividir os guineenses e contribuir positivamente para que o ambiente eleitoral seja o mais pacífico possível", exorta.
"Imparcialidade" das forças de defesa e segurança
A primeira semana de campanha eleitoral foi intensa, com ataques e acusações entre os líderes políticos. Mas para a derradeira semana de caça ao voto, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos lembra que "a classe política tem muita responsabilidade na preservação e consolidação da paz social".
"Essa responsabilidade deve ser demonstrada nos seus atos e nas palavras que proferem perante a multidão", acrescenta.
Augusto Mário da Silva apela também à "imparcialidade" das forças de defesa e segurança nesta última semana de campanha eleitoral, até aqui pacífica.
"Vote, porque o seu voto faz a diferença", é o lema das eleições legislativas deste ano. Por isso, a secretária-executiva e porta-voz da CNE, Felisberta Moura Vaz, fez um apelo aos eleitores.
"Que toda a gente vá votar para escolher aquele que quer que seja governante do país nos próximos quatro anos".
Cerca de 900 mil eleitores guineenses, recenseados no país e na diáspora, serão chamados a escolher o novo parlamento, que resultará na formação de um novo governo.
Terá lugar na próxima quinta-feira (01.06), em todo o território nacional, a votação antecipada, permitida por lei, às forças de defesa e segurança que estarão de serviço no dia das eleições e também a quem viaja ao serviço do Estado da Guiné-Bissau.