Governo: Há combustível para os próximos três meses
28 de dezembro de 2024“Não há falta de combustíveis no país, há sim restrições de movimentações de combustíveis dos terminais oceânicos para os postos de abastecimentos. O país tem combustíveis para os próximos três meses”, disse o diretor nacional de hidrocarbonetos, Moisés Paulino, em declarações à comunicação social.
Maputo está a enfrentar uma crise de combustíveis devido à tensão social após o anúncio dos resultados das eleições gerais, com a generalidade dos postos encerrados e os poucos que funcionam com filas de centenas de metros, reportou a Lusa na sexta-feira.
O diretor nacional de hidrocarbonetos assegurou que está em curso em todo o país o processo de reposição de ‛stockˊ nos postos de abastecimento de combustíveis, com as Forças de Defesa e Segurança a garantir a circulação de camiões que transportam os combustíveis até aos postos.
“Há um restabelecimento gradual na cidade de Maputo, Matola e estamos também a fazer transporte para a cidade de Xai-xai [ província de Gaza]. Na cidade de Pemba [Cabo Delgado] estamos a finalizar o descarregamento do navio que esteve lá (...) Noutras províncias há este desafio, mas gradualmente os camiões estão a sair dos terminais oceânicos de uma forma segura”, disse Moisés Paulino.
O responsável apontou dificuldades para a distribuição de combustíveis face às manifestações de protesto contra resultados eleitorais proclamados, na segunda-feira, pelo Conselho Constitucional (CC), que confirmaram a vitória da Frente de Libertação de Moçambique (FREMILO) e do candidato que o apoia, Daniel Chapo.
“Desde que este processo de manifestações se iniciou foram vandalizados cerca de 100 postos de abastecimento e, por forma a acautelar, o setor privado foi fazendo restrições no funcionamento dos postos de abastecimento”, esclareceu o responsável.
Num comunicado distribuído hoje, a Associação Moçambicana de Petróleos (Amepetrol) também assegurou que o país dispõe de combustíveis para pelo menos 23 dias, sem risco de rotura de ‛stockˊ.
“Neste momento o país tem stock para 23 dias, portanto não há risco de falta de combustível, fora os navios programados já a caminho do país para o reabastecimento”, lê-se no comunicado da Amepetrol enviado hoje à comunicação social, pedindo o fim do vandalismo durante os protestos.