1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaCoreia do Sul

Presidente da Coreia do Sul promete aumento da ajuda a Kiev

Lusa
15 de julho de 2023

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, prometeu "aumentar a amplitude" da ajuda humanitária e assistência militar não letal à Ucrânia, após uma reunião, em Kiev, com Volodymyr Zelensky, que agradeceu.

https://p.dw.com/p/4Tx9z
Ukraine Südkoreanischer Präsident Yoon Suk Yeol trifft Selenskyj in Kiew
Foto: Jae C. Hong/AP Photo/picture alliance

[A Coreia do Sul] vai aumentar a amplitude do apoio dado no ano passado, quando fornecemos equipamento como capacetes e coletes à prova de bala", disse Yoon, salientando que a ajuda humanitária à Ucrânia aumentará para 134 milhões de euros em 2023, contra 90 mil milhões de euros em 2022.

Yoon, que efetua hoje uma visita surpresa de 24 horas à Ucrânia, lembrou que a Coreia do Sul, o nono maior exportador de armas do mundo, enviou ajuda humanitária para o Governo ucraniano e que também vendeu tanques e obuses à Polónia, um aliado fundamental de Kiev contra as forças russas.

Ukraine Südkoreanischer Präsident Yoon Suk Yeol trifft Selenskyj in Kiew
Yoon Suk Yeol, Presidente da Coreia do SulFoto: Jae C. Hong/AP Photo/picture alliance

No entanto, o país asiático tem uma política de longa data de não fornecer armas letais a regiões em conflito, apesar dos repetidos pedidos dos Estados Unidos, dos aliados europeus e da própria Ucrânia para que avance com mais ajuda militar.

Zelensky agradece apoio

Por seu lado, Zelensky agradeceu a Yoon pela "importante" primeira visita à Ucrânia e destacou terem conversado sobre "tudo o que é importante para que as pessoas tenham uma vida normal e segura".

"Obrigado por estas conversações significativas, pelo vosso forte apoio e pelas novas iniciativas para fornecer assistência financeira, técnica e humanitária à Ucrânia", afirmou Zelensky, sem especificar, elogiando ainda a transferência de veículos e equipamento de desminagem que "tem ajudado a salvar vidas".

A Coreia do Sul, que, tecnicamente, continua em guerra com a Coreia do Norte, dotada de armas nucleares, produz grandes quantidades de armas compatíveis com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo tanques, obuses e as muito procuradas munições para obuses.

Ukraine Südkoreanischer Präsident Yoon Suk Yeol trifft Selenskyj in Kiew
Yoon Suk Yeol visitou a Ucrânia e reuniu com Volodymyr ZelenskyyFoto: Jae C. Hong/AP Photo/picture alliance

Coreia do Sul "na pele" da Ucrânia

Durante a visita surpresa à Ucrânia, o Presidente sul-coreano, antes de se encontrar com o seu homólogo ucraniano, visitou a cidade de Boutcha, palco de um massacre de civis atribuído ao exército russo.

"A Ucrânia de hoje faz-me lembrar a Coreia do Sul do passado", disse Yoon, elogiando a ajuda internacional que permitiu a Seul "obter uma vitória milagrosa" sobre o regime de Pyongyang e tornar-se uma das principais economias do mundo.

Seul já deu a entender que poderá reconsiderar a política de não fornecer armas letais, tendo o gabinete do Presidente indicado, no início deste ano, que um ataque russo em grande escala contra civis poderia ser um fator de mudança.

Em maio, a Coreia do Sul negou as informações dos meios de comunicação social norte-americanos sobre futuras entregas de projéteis à Ucrânia, afirmando que a decisão de não fornecer armas letais a Kiev se mantinha inalterada.

No entanto, os peritos salientam que a Coreia do Sul se encontra numa posição delicada devido aos laços económicos com a Rússia (o 15.º parceiro comercial em 2022) e à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.

NATO: Ucrânia cada vez mais próxima de uma adesão?