Saúde
1 de dezembro de 2007Apesar de todos os esforços e campanhas de prevenção, aumenta no continente europeu o número de pessoas contaminadas pelo HIV. Nos países da União Européia, há registros de um total de 760 mil infectados. As estatísticas que incluem os países da região central asiática e a Rússia apontam para 2,4 milhões de portadores do vírus.
Georgs Andrejevs, deputado lituano no Parlamento Europeu, defende a necessidade de mais campanhas de esclarecimento em países do Leste Europeu como a Ucrânia, Bielorússia, Rússia e Estados na costa do Mar Báltico. "O número de recém-infectados nesses países aumenta. Bem na nossa vizinhança, a pandemia é a maior do mundo", diz Andrejevs.
Formas de contágio
Aproximadamente metade dos infectados na Europa nem ao menos têm conhecimento de que são portadores do HIV. Segundo Jeff Lazarus, do escritório europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema não afeta apenas grupos específicos.
"No Leste Europeu, o problema são os utensílios usados pelos dependentes de drogas, que são normalmente divididos. Já na Europa Ocidental, os índices de reinfecção aumentam entre os homossexuais, embora a principal forma de contágio sexa o contato heterossexual, principalmente através de imigrantes, que chegam ao continente já infectados", descreve Lazarus.
Mais informação
Especialistas e portadores do vírus, reunidos em Bruxelas, reivindicam, acima de tudo, campanhas de esclarecimento nas escolas e um acesso mais simples aos testes. "As pessoas acham que o problema está resolvido, mas não é verdade. Precisamos de mais informação, principalmente para os jovens. No meu país, as pessoas acreditam que não são afetadas pelo problema, que não têm nada a ver com isso", critica uma participante polonesa do encontro na capital belga.
Grande desafio
Organismos ligados à UE tentam, há anos, coordenar campanhas em vários países (não apenas do bloco, mas também vizinhos), além de organizarem a distribuição gratuita de preservativos e testes. Outra preocupação de Bruxelas é ir contra a discriminação e estigmatização dos portadores do HIV. As dificuldades, porém, são grandes, lembra o comissário de Saúde da UE, Markos Kyprianou: "A Europa ainda têm grandes desafios pela frente".