Sanções mais duras
1 de novembro de 2007O governo de Israel pressionou a Alemanha nesta quinta-feira (01/11) a adotar uma posição mais dura contra o Irã. De acordo com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, o governo alemão poderia desempenhar um papel decisivo no conflito em torno do programa nuclear iraniano.
A declaração foi dada durante um encontro entre Olmert e o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, em Jerusalém. Israel e Estados Unidos pressionam pela adoção de sanções mais rígidas e amplas, por parte do Conselho de Segurança da ONU, contra o governo do Irã, numa tentativa de fazê-lo renunciar ao seu programa de enriquecimento de urânio.
Steinmeier se declarou favorável à adoção de sanções mais rígidas pelo Conselho de Segurança, mas disse que a Alemanha prefere esperar ao menos até meados de novembro. Até lá, o governo iraniano tem prazo para responder a todas as questões levantadas pela Agência Internacional de Energia Atômica que continuam sem resposta.
Caso as explicações iranianas não sejam convincentes, a consequência seria a imposição de sanções mais rígidas, afirmou Steinmeier. Ele disse que, neste ponto, a posição alemã não é diferente da dos Estados Unidos ou de outros países europeus.
"Se o Irã se recusar a fornecer respostas, pensaremos na possibilidade de sanções européias", declarou Steinmeier.
Já o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, alertou os europeus para que não adotem novas sanções contra o seu país. Para ele, a Europa deve se decidir se fica do lado dos Estados Unidos, o "inimigo da nação iraniana", ou do lado do Irã e arcar com as consequências.
A nações ocidentais acusam o Irã de usar o seu programa nuclear para fins militares. Já os iranianos afirmam que o programa tem fim estritamente pacífico. (as)