Pitadas: Creme de riesling
1 de julho de 2017Quando se pensa em vinho alemão, logo se pensa em riesling. Produzido há séculos em terras germânicas, ele é o favorito entre os vinhos alemães e o mais exportado pelo país. Para quem, como eu, gosta desse vinho branco e curte uma sobremesa que não seja doce demais, o creme de riesling é uma ótima opção.
Preparado com apenas três ingredientes (riesling, gemas e açúcar), o doce lembra o famoso licor de ovos alemão eierlikör, semelhante ao eggnog, popular nos EUA. Na Alemanha, o licor é muito apreciado nos mercados natalinos em forma de eierpunsch, bebida quente feita de eierlikör, vinho branco e canela.
No preparo do creme de riesling, a sobremesa é aquecida em banho-maria, e o álcool evapora em parte. Mesmo assim o gosto do vinho fica bem acentuado, quebrando a doçura do açúcar. Por isso mesmo a receita recomenda usar vinho do tipo seco. Se quiser um toque mais doce, dá para usar o suave ou demi-sec.
Além das variações seco (trocken), demi-sec (halbtrocken ou feinherb) e suave (lieblich), o riesling pode ter graduações alcoólicas variadas. Desde frutado, com cerca de 10% de álcool, passando por vinhos secos complexos, com até 14% de graduação alcoólica.
Há plantações de uva do tipo riesling de norte a sul da Alemanha. Além de estar muito bem adaptada a todas as regiões vinícolas do país, a uva resiste a baixas temperaturas, de até -20 ºC.
Aprenda a receita do creme de riesling:
Ingredientes (para 4 pessoas):
6 gemas
125 g de açúcar
200 ml de vinho riesling seco
Modo de preparo:
Numa tigela de metal, bater as gemas com o açúcar, até formar espuma. Acrescentar o vinho e misturar bem. Colocar a tigela para cozinhar no banho-maria.
Aquecer o creme mexendo sempre, até começar a engrossar. Não aquecer demais, senão a gema pode talhar.
Quando o creme estiver espumoso, despejar em quarto tigelas de sobremesa, decorar com frutas, se quiser, e servir imediatamente – ainda quente, ou depois de resfriado.
Toda semana, a coluna Pitadas traz receitas, curiosidades e segredos da culinária europeia, contados por Luisa Frey, jornalista aspirante a mestre-cuca.