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Venezuelanos protestam contra poderes especiais de Maduro

24 de novembro de 2013

Lei aprovada na última semana concede ao presidente do país o direito de governar por decretos durante um ano. Oposição chamou população às ruas para pedir fim da chamada "Lei Habilitante".

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Foto: Reuters

Uma onda de manifestações tomou conta de várias cidades da Venezuela neste sábado (23/11). Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a alta inflação, a escassez de produtos básicos e a aprovação da chamada "Lei Habilitante", que deu permissão ao presidente do país, Nicolás Maduro, a governar por decreto durante um ano, sem precisar da aprovação do Congresso.

Munidos com bandeiras da Venezuela e vestidos de amarelo, azul e vermelho, simpatizantes da oposição se reuniram nas principais cidades do país. Na capital, Caracas, o líder oposicionista Henrique Capriles exigia que a medida fosse revogada, alegando que o governo pretende, dessa maneira, "amordaçar seus críticos" antes das eleições municipais.

"Eu faço um convite a vocês que, por favor, nos deixem mudar essa situação no dia 8 de dezembro", pediu Capriles, referindo-se às eleições municipais, encaradas por observadores como um termômetro para medir a popularidade do atual governo.

Venezuela Präsident Nicolas Maduro besorgt
Falando no rádio e na TV, Maduro minimizou protestos convocados pela oposiçãoFoto: Reuters

Reação do governo

O presidente venezuelano foi a rádio e televisão minimizar o significado dos protestos. "Antes o chamado era levar a violência nos 335 municípios do país, isso era o que eles esperavam. Mas em apenas 15 cidades grupos, que respeitamos, protestaram", disse Maduro.

O governo também denunciou um surto de violência no estado de Táchira. Segundo o governador, José Vielma, os manifestantes atacaram, com paus e pedras, um posto administrativo na cidade de San Cristóbal.

A Assembleia Nacional venezuelana aprovou a "Lei Habilitante" na última terça-feira, após Maduro alegar que precisa de maiores poderes para tirar o país da crise, por meio de uma maior regulação da economia e do combate à corrupção.

CN/rtr/dpa/afp